Vereador preso por golpes em idosos é libertado pelo STJ
Um vereador de Xaxim, em Santa Catarina, foi detido na Operação Entre Lobos, realizada em agosto de 2025. Recentemente, ele entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), buscando responder ao processo em liberdade.
Segundo os detalhes da investigação, o vereador estaria envolvido em um golpe delicado direcionado a idosos, utilizando a internet como uma ferramenta-chave. Na análise feita pelo STJ, o pedido dele foi aceito na segunda-feira, 15 de setembro, e agora cabe ao tribunal de primeira instância estabelecer novas diretrizes para o caso.
O esquema do grupo criminoso era bastante astuto. Eles abordavam as vítimas, especialmente idosos, alegando que precisavam fazer ações judiciais para revisão de valores bancários, mas, na realidade, apropriavam-se de créditos de forma fraudulenta, oferecendo quantias irrisórias.
A quadrilha se destacou pela tecnologia que usava. O uso de ferramentas digitais avançadas, como o Proton Mail — um serviço de e-mail seguro — foi mencionado no processo. Além disso, serviços como o Proton Drive e a Proton Wallet, que gerenciavam criptomoedas, também faziam parte do arsenal da organização.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apontou que mais de 500 idosos podem ter sido alvos desse golpe, e a participação de advogados na trama é significativa. A Operação Entre Lobos continua em andamento. O Promotor Edisson de Melo Menezes, da Comarca de Modelo, ressaltou a importância da participação das vítimas para que a investigação possa revelar a extensão dos crimes e garantir a reparação dos danos.
STJ aprova a liberdade provisória do vereador envolvido em estelionato contra idosos
O Ministro Ribeiro Dantas foi o responsável por analisar o pedido de liberdade do vereador. No dia 15 de setembro, ele concordou que a prisão preventiva poderia ser substituída por outras medidas cautelares, mas fez questão de que o tribunal avaliasse cada caso individualmente, para prevenir a reincidência dos crimes.
Conforme a investigação do MPSC, o grupo mantinha uma relação judicial com suas vítimas, que, embora frequentemente ganhassem suas ações, não recebiam nenhum valor significativo. Em um exemplo, uma vítima que deveria receber R$ 146.327,17 acabou recebendo apenas R$ 2.500,00, o que representa uma fração irrisória do montante a que tinha direito. Outro caso semelhante mostrou que uma vítima estava habilitada a receber R$ 117.711,86, mas só viu R$ 2.500,00 chegando até ela.
Além disso, diversas empresas de fachada foram fechadas durante as investigações. Quatro advogados também estão sendo responsabilizados por estarem envolvidos com patrocínio infiel.
A defesa do vereador ainda não se manifestou sobre o assunto, mas o espaço continua aberto para comentários.